segunda-feira, 20 de abril de 2015

Blue Dragon Xbox 360 análise



Esse jogo faz parte de um esforço da Microsoft para popularizar a marca Xbox no Japão, inicialmente a meta da MS era vender 200 mil unidades do game no lançamento, porém a resistência nipônica a produtos estrangeiros não deixou o jogo vender mais que 150 mil, entretanto isso não diminui a qualidade dessa empreitada do criador de Final Fantasy, Hironobu Sakaguchi.


A História:

A cada 10 anos uma nuvem violeta aparece sobre a vila de Talta trazendo destruição aos habitantes e destruindo tudo o que construíram no período, através de um monstro conhecido como Land Shark, mas dessa vez um garoto chamado Shu resolve enfrentar o monstro com a ajuda de seus amigos Jiro e Kluke, e um plano pra lá de suicida. Quando acharam que haviam derrotado o monstro, perceberam algo estranho, o monstro era na verdade uma maquina e acabam sendo capturados por um ser milenar usuário de magia, que os derrota facilmente e os joga pra um morte certa, quando uma força estranha os salva e se transformam em seres místicos que os protegem daí pra frente. Cabe a você descobrir o que está acontecendo com o mundo com os novos poderes adquiridos e quem sabe, salvar o mundo pra variar.

Claro que tudo poderia ser melhor se não fosse um começo tããããããããooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo enfadonho, e uma história bem infantil.


A Jogabilidade:

Blue Dragon segue um padrão clássico de RPGs japoneses, onde existem batalhas por turno, exploração de cidades, mapas e dugeons.
O sistema de batalha, é como já foi dito, baseado em turnos, onde os personagens agem de acordo com atributos como agility, attack, Magic attack e etc. Existe uma barra na parte alta da tela que mostra qual aliado ou inimigo agirá da próxima vez. Cada ação realizada gasta um tempo especifico e que é mostrado na barra, inclusive alguns ataques podem ser carregados o que representa um tempo maior para que o ataque seja desferido, porém significa também que será mais poderoso. 


O sistema de batalha também conta com algo interessante que o Monster Fight, onde quando você entra em uma luta com vários inimigos de uma vez, alguns podem simplesmente se estranhar e lutarem entre si, o que pode gerar muitas situações inusitadas, como monstros que se transformam e se fundem por exemplo!


O jogo também conta com um sistema de classes parecido com o de Final Fantasy 5, o que pode ser bom e ruim ao mesmo tempo, é bom porque você pode personalizar os personagens a seu bel prazer, porém você corre o risco de ter vários personagens praticamente iguais em muitos atributos. Inclusive é interessante deixar claro que os personagens sem os poderes são pessoas normais, então escolha as classes de forma consciente, pois se não passará bastante aperto mais pra frente. Alias, a cada 10 níveis que seu personagem ganha você pode desbloquear uma nova classe pra quem sabe um dia ser masterizada!

Sobre a exploração de cidades e dugeons, podem se preparar para examinar todos os cantos do cenário, pois quase tudo que se meche tem algo, e quando não tem, você pode trocar os nadas da vida por itens bem legais através do Nothing Man.

Os Gráficos:

Vou deixar claro que visualmente o jogo é simplesmente lindo, sério, parece uma animação da pixar em algumas partes, são efeitos de luz e sombra muito bons, água perfeita, boa modelagem e texturas incríveis, mas isso tudo é só até ter algum movimento no jogo, é impressionante uma produção desse nível ter um framerate tão inconstante. Sério, em algumas partes do jogo, parece que tudo fica em câmera lenta sem motivo algum, por pura incompetência dos produtores, alias, fiquei sabendo que depois de algumas atualizações da live o jogo melhorou bastante nesse quesito, então não imagino como deve ter sido uma experiência terrível para quem jogou no inicio, com áreas inteiras do mapa e lutas em câmera lenta!
 


Os Sons:

As músicas são excelentes, mas existem poucas para serem apreciadas, inclusive só existe um tema de batalha para monstros comuns e um pra chefes, alias, o tema dos chefes é de gosto discutível, eu pessoalmente adoro, pois é uma composição de Nobuo Uematso e Ian Gillan, o eterno vocalista do Deep Purple, mas é um heavy metal num mundo medieval. Já as dublagens são acima da média e geralmente não deixam nada a desejar em grande parte do tempo, inclusive podem ser escolhidas vozes em inglês, japonês e Frances na versão americana.


Finalizando:

Blue Dragon é um RPG recomendado a todos os amantes de RPG japa, civilizações antigas mais desenvolvidas que as atuais, crianças e adolescentes que salvam o mundo e descobrem amizades e o amor no caminho!



Nota Final: 8,5
Muito Bom

Star Ocean The Last Hope análise





Os RPGs japas já foram mais famosos, principalmente na época dos 16 bits e 32 bits, muitos dizem que a época melhor foi a dos 128 bits, mas o que faz um bom RPG japa? A história mais bem trabalhada? Os gráficos? Ou a diversão?
Bem alguns jogam pela história, outros pelo desenvolvimento psicológico, alguns porque querem um anime jogavel, outros pelo fator mais puro de um game, a diversão.
Star Ocean é uma série que surgiu em 1996 para o Super Nintendo, com o objetivo de ser uma série diferenciada dos RPGs daquela época, que eram na maioria das vezes baseados em mundos da idade média e com sistema de batalha de turno. O primeiro Star Ocean nunca viu a luz do dia no Ocidente, sendo exclusividade dos japas, o segundo episódio continuava diretamente a história do primeiro, e desta vez foi lançado tanto no Japão quanto nos EUA e foi um jogo que vendeu medianamente pro padrão de um RPG que não é Final Fantasy, o terceiro episódio foi lançado pro PS2 em 2003 no Japão e em 2004 nos EUA, esse foi alvo de bastante criticas por parte dos jogadores. Star Ocean 4 tenta corrigir os problemas do terceiro e tampar alguns buracos na história, o único problema é que o produtor falou que esse seria o ultimo, então que tampe muito bem tapado!



A história:

Star Ocean 4 conta a história do planeta Terra em um futuro pós-apocaliptico, onde depois de uma terceira guerra mundial o planeta Terra não é mais um lugar propicio a vida, e os habitantes vivem em cidades subterrâneas sem nunca ver a luz do Sol. Aqui você controla um adolescente de cabelo espetado e com cara de menina chamado Edge Maverick e tem como objetivo encontrar um planeta ideal para a colonização pela humanidade, Edge é claro conta com a ajuda de outros personagens clichês de RPG japa, como as crianças e as gostosonas que o seguem, o bom é que como em todos os RPGs as gostosas estão a um passo de se apaixonar por você, é bem capaz de rolar umas cenas de banho ou algo assim. Pra ser um pouco “diferente” Edge também tem um rival, e fará com que bandidos se tornem mocinhos pelo poder da amizade e tal, lembra bastante Naruto. Em outras palavras, não procure por uma história bem desenvolvida aqui.
Pra falar a verdade, até que o jogo tem uns temas de ficção bem atuais e interessantes, então apesar dos personagens serem uma bosta, a história se sustenta!
Mas nunca tiro pontos em RPGs japa por causa de histórias podres, então pra mim está bom!




A jogabilidade:

Aqui é o ponto forte do jogo, mas não agrada todo mundo com certeza. Star Ocean muitas vezes lembra RPGs de ação, e grande parte dos comandos é usado em tempo real nas batalhas, quase não se vêem menus aqui. Inclusive o jogo conta com um bom sistema de combos e magia, alias, um defeito a ser notado é que as skills são aprendidas com levels muito altos, o que acaba deixando o jogo meio lento no inicio. Se fosse avaliar a jogabilidade apenas pelas batalhas o jogo com certeza mereceria uma nota maior, mas existe também a parte de exploração, e cara, o jogo é um saco aqui. Primeiro imagine a cena: um cenário gigantesco para explorar e seu personagem corre como um idiota! Puta merda, quem foi o burro que pensou nesses controles? Pra começar não existe como controlar a velocidade do passo através do controle analógico, aqui você tem que apertar RT para decidir se anda ou corre, junte a isso uma animação deficiente e portas e baús que só abrem com o seu personagem milimetricamente de frente a eles, nossa, parece que o personagem é manco... mas pra frente você chega numa parte que anda em um chocobo (na verdade é um coelho rosa gigante) e este é ainda mais demente, acho que foi um dos trabalhos mais dificieis pra mim no jogo. Abrir os baús.
Alias, outro defeito chato do jogo é câmera, que segue o padrão antinatural da Square-Enix... ou seja, eixo X invertido... mas isso é fácil de resolver, é só ir no menu e arrumar, mas se prepare para as piores tomadas possíveis para a câmera. 
Ou seja, a jogabilidade irrita demais fora das batalhas, mas compensa muito dentro delas.




Os gráficos:

Aqui vi que muitos criticam, mas pra mim o jogo é lindo demais. Efeitos de Bloom controlados deixam tudo lindo aqui, sombras dinâmicas e cenários lindos. A direção de arte não me agrada muito, pois o jogo tem um estilo anime misturado com bonecas de porcelana... mas ainda assim achei tudo lindo demais. Sério, dá até gosto de ver.

O cenário que se passa na Terra de 1957 é simplesmente soberbo, parece uma foto! 

Apesar disso tem gente que disse que a resolução é baixa e temos aliasing em tudo que é canto. Eu não vi!


Os sons:

O som tem duas vertentes: músicas agradáveis e dublagem imbecil. As músicas pra mim são bem legais, algumas até são marcantes, o tema de batalha porém que deveria ser no mínimo perfeito, já que é a musica que você mais escuta é fraco, alias, vou ser honesto, pois a música muda mais na frente, pena que muda para algo ainda pior. Agora a bomba maior, a dublagem é terrível, grande parte do tempo você vai estar escutando uma meninha chata falando “kay?” durante as cenas do jogo, e o pior é que a mala comenta tudo que acontece no jogo, como se tudo fosse feito pra meninos com deficiência mental. Alias o personagem principal é até bem dublado, só que é tão imbecil as coisas que ele fala que você acaba apoiando os saudosistas e querendo RPGs sem vozes! 


Finalizando:

O jogo tem o que agrada a maioria dos jogadores, gráficos, jogabilidade e putaria (veja a roupa das meninas) então só me resta recomendar a todos, principalmente para principiantes em RPG... alias, tenho boas e más noticias, a má: temos cenas mongas de 40 minutos. A boa: as cenas podem ser cortadas e ainda tem um resumo do que você perdeu sem as falas dementes! 



Nota Final: 7,5
Bom