segunda-feira, 20 de abril de 2015

Star Ocean The Last Hope análise





Os RPGs japas já foram mais famosos, principalmente na época dos 16 bits e 32 bits, muitos dizem que a época melhor foi a dos 128 bits, mas o que faz um bom RPG japa? A história mais bem trabalhada? Os gráficos? Ou a diversão?
Bem alguns jogam pela história, outros pelo desenvolvimento psicológico, alguns porque querem um anime jogavel, outros pelo fator mais puro de um game, a diversão.
Star Ocean é uma série que surgiu em 1996 para o Super Nintendo, com o objetivo de ser uma série diferenciada dos RPGs daquela época, que eram na maioria das vezes baseados em mundos da idade média e com sistema de batalha de turno. O primeiro Star Ocean nunca viu a luz do dia no Ocidente, sendo exclusividade dos japas, o segundo episódio continuava diretamente a história do primeiro, e desta vez foi lançado tanto no Japão quanto nos EUA e foi um jogo que vendeu medianamente pro padrão de um RPG que não é Final Fantasy, o terceiro episódio foi lançado pro PS2 em 2003 no Japão e em 2004 nos EUA, esse foi alvo de bastante criticas por parte dos jogadores. Star Ocean 4 tenta corrigir os problemas do terceiro e tampar alguns buracos na história, o único problema é que o produtor falou que esse seria o ultimo, então que tampe muito bem tapado!



A história:

Star Ocean 4 conta a história do planeta Terra em um futuro pós-apocaliptico, onde depois de uma terceira guerra mundial o planeta Terra não é mais um lugar propicio a vida, e os habitantes vivem em cidades subterrâneas sem nunca ver a luz do Sol. Aqui você controla um adolescente de cabelo espetado e com cara de menina chamado Edge Maverick e tem como objetivo encontrar um planeta ideal para a colonização pela humanidade, Edge é claro conta com a ajuda de outros personagens clichês de RPG japa, como as crianças e as gostosonas que o seguem, o bom é que como em todos os RPGs as gostosas estão a um passo de se apaixonar por você, é bem capaz de rolar umas cenas de banho ou algo assim. Pra ser um pouco “diferente” Edge também tem um rival, e fará com que bandidos se tornem mocinhos pelo poder da amizade e tal, lembra bastante Naruto. Em outras palavras, não procure por uma história bem desenvolvida aqui.
Pra falar a verdade, até que o jogo tem uns temas de ficção bem atuais e interessantes, então apesar dos personagens serem uma bosta, a história se sustenta!
Mas nunca tiro pontos em RPGs japa por causa de histórias podres, então pra mim está bom!




A jogabilidade:

Aqui é o ponto forte do jogo, mas não agrada todo mundo com certeza. Star Ocean muitas vezes lembra RPGs de ação, e grande parte dos comandos é usado em tempo real nas batalhas, quase não se vêem menus aqui. Inclusive o jogo conta com um bom sistema de combos e magia, alias, um defeito a ser notado é que as skills são aprendidas com levels muito altos, o que acaba deixando o jogo meio lento no inicio. Se fosse avaliar a jogabilidade apenas pelas batalhas o jogo com certeza mereceria uma nota maior, mas existe também a parte de exploração, e cara, o jogo é um saco aqui. Primeiro imagine a cena: um cenário gigantesco para explorar e seu personagem corre como um idiota! Puta merda, quem foi o burro que pensou nesses controles? Pra começar não existe como controlar a velocidade do passo através do controle analógico, aqui você tem que apertar RT para decidir se anda ou corre, junte a isso uma animação deficiente e portas e baús que só abrem com o seu personagem milimetricamente de frente a eles, nossa, parece que o personagem é manco... mas pra frente você chega numa parte que anda em um chocobo (na verdade é um coelho rosa gigante) e este é ainda mais demente, acho que foi um dos trabalhos mais dificieis pra mim no jogo. Abrir os baús.
Alias, outro defeito chato do jogo é câmera, que segue o padrão antinatural da Square-Enix... ou seja, eixo X invertido... mas isso é fácil de resolver, é só ir no menu e arrumar, mas se prepare para as piores tomadas possíveis para a câmera. 
Ou seja, a jogabilidade irrita demais fora das batalhas, mas compensa muito dentro delas.




Os gráficos:

Aqui vi que muitos criticam, mas pra mim o jogo é lindo demais. Efeitos de Bloom controlados deixam tudo lindo aqui, sombras dinâmicas e cenários lindos. A direção de arte não me agrada muito, pois o jogo tem um estilo anime misturado com bonecas de porcelana... mas ainda assim achei tudo lindo demais. Sério, dá até gosto de ver.

O cenário que se passa na Terra de 1957 é simplesmente soberbo, parece uma foto! 

Apesar disso tem gente que disse que a resolução é baixa e temos aliasing em tudo que é canto. Eu não vi!


Os sons:

O som tem duas vertentes: músicas agradáveis e dublagem imbecil. As músicas pra mim são bem legais, algumas até são marcantes, o tema de batalha porém que deveria ser no mínimo perfeito, já que é a musica que você mais escuta é fraco, alias, vou ser honesto, pois a música muda mais na frente, pena que muda para algo ainda pior. Agora a bomba maior, a dublagem é terrível, grande parte do tempo você vai estar escutando uma meninha chata falando “kay?” durante as cenas do jogo, e o pior é que a mala comenta tudo que acontece no jogo, como se tudo fosse feito pra meninos com deficiência mental. Alias o personagem principal é até bem dublado, só que é tão imbecil as coisas que ele fala que você acaba apoiando os saudosistas e querendo RPGs sem vozes! 


Finalizando:

O jogo tem o que agrada a maioria dos jogadores, gráficos, jogabilidade e putaria (veja a roupa das meninas) então só me resta recomendar a todos, principalmente para principiantes em RPG... alias, tenho boas e más noticias, a má: temos cenas mongas de 40 minutos. A boa: as cenas podem ser cortadas e ainda tem um resumo do que você perdeu sem as falas dementes! 



Nota Final: 7,5
Bom

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