Esse jogo faz parte de um esforço da Microsoft para popularizar a marca Xbox no Japão, inicialmente a meta da MS era vender 200 mil unidades do game no lançamento, porém a resistência nipônica a produtos estrangeiros não deixou o jogo vender mais que 150 mil, entretanto isso não diminui a qualidade dessa empreitada do criador de Final Fantasy, Hironobu Sakaguchi.
A História:
A cada 10 anos uma nuvem violeta aparece sobre a vila de Talta trazendo destruição aos habitantes e destruindo tudo o que construíram no período, através de um monstro conhecido como Land Shark, mas dessa vez um garoto chamado Shu resolve enfrentar o monstro com a ajuda de seus amigos Jiro e Kluke, e um plano pra lá de suicida. Quando acharam que haviam derrotado o monstro, perceberam algo estranho, o monstro era na verdade uma maquina e acabam sendo capturados por um ser milenar usuário de magia, que os derrota facilmente e os joga pra um morte certa, quando uma força estranha os salva e se transformam em seres místicos que os protegem daí pra frente. Cabe a você descobrir o que está acontecendo com o mundo com os novos poderes adquiridos e quem sabe, salvar o mundo pra variar.
Claro que tudo poderia ser melhor se não fosse um começo tããããããããooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo enfadonho, e uma história bem infantil.
A Jogabilidade:
Blue Dragon segue um padrão clássico de RPGs japoneses, onde existem batalhas por turno, exploração de cidades, mapas e dugeons.
O sistema de batalha, é como já foi dito, baseado em turnos, onde os personagens agem de acordo com atributos como agility, attack, Magic attack e etc. Existe uma barra na parte alta da tela que mostra qual aliado ou inimigo agirá da próxima vez. Cada ação realizada gasta um tempo especifico e que é mostrado na barra, inclusive alguns ataques podem ser carregados o que representa um tempo maior para que o ataque seja desferido, porém significa também que será mais poderoso.
O sistema de batalha também conta com algo interessante que o Monster Fight, onde quando você entra em uma luta com vários inimigos de uma vez, alguns podem simplesmente se estranhar e lutarem entre si, o que pode gerar muitas situações inusitadas, como monstros que se transformam e se fundem por exemplo!
O jogo também conta com um sistema de classes parecido com o de Final Fantasy 5, o que pode ser bom e ruim ao mesmo tempo, é bom porque você pode personalizar os personagens a seu bel prazer, porém você corre o risco de ter vários personagens praticamente iguais em muitos atributos. Inclusive é interessante deixar claro que os personagens sem os poderes são pessoas normais, então escolha as classes de forma consciente, pois se não passará bastante aperto mais pra frente. Alias, a cada 10 níveis que seu personagem ganha você pode desbloquear uma nova classe pra quem sabe um dia ser masterizada!
Sobre a exploração de cidades e dugeons, podem se preparar para examinar todos os cantos do cenário, pois quase tudo que se meche tem algo, e quando não tem, você pode trocar os nadas da vida por itens bem legais através do Nothing Man.
Os Gráficos:
Vou deixar claro que visualmente o jogo é simplesmente lindo, sério, parece uma animação da pixar em algumas partes, são efeitos de luz e sombra muito bons, água perfeita, boa modelagem e texturas incríveis, mas isso tudo é só até ter algum movimento no jogo, é impressionante uma produção desse nível ter um framerate tão inconstante. Sério, em algumas partes do jogo, parece que tudo fica em câmera lenta sem motivo algum, por pura incompetência dos produtores, alias, fiquei sabendo que depois de algumas atualizações da live o jogo melhorou bastante nesse quesito, então não imagino como deve ter sido uma experiência terrível para quem jogou no inicio, com áreas inteiras do mapa e lutas em câmera lenta!
Os Sons:
As músicas são excelentes, mas existem poucas para serem apreciadas, inclusive só existe um tema de batalha para monstros comuns e um pra chefes, alias, o tema dos chefes é de gosto discutível, eu pessoalmente adoro, pois é uma composição de Nobuo Uematso e Ian Gillan, o eterno vocalista do Deep Purple, mas é um heavy metal num mundo medieval. Já as dublagens são acima da média e geralmente não deixam nada a desejar em grande parte do tempo, inclusive podem ser escolhidas vozes em inglês, japonês e Frances na versão americana.
Finalizando:
Blue Dragon é um RPG recomendado a todos os amantes de RPG japa, civilizações antigas mais desenvolvidas que as atuais, crianças e adolescentes que salvam o mundo e descobrem amizades e o amor no caminho!
Nota Final: 8,5
Muito Bom
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